DALLAS — O óleo de coco é considerado por muitos uma
opção saudável de gordura, mas esta "fama" não passa de um mito. A
afirmação é da Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês),
principal grupo de pesquisas sobre a saúde cardiovascular nos Estados Unidos.
Em recomendações publicadas nesta sexta-feira, a entidade americana informa
que, segundo estudos científicos, o óleo de coco é tão prejudicial para nosso
corpo quanto a manteiga e a gordura da carne.
A associação continua recomendando que a população
substitua gorduras saturadas por óleos mono ou poli-insaturadas. Estudos
controlados demonstram que a redução no consumo de gorduras saturadas corta os
riscos de doenças cardiovasculares em aproximadamente 30%. Acontece que 82% dos
ácidos graxos do óleo de coco são saturados.
“Uma pesquisa recente informou que 72% do público
americano classifica o óleo de coco como um 'alimento saudável', comparado com
37% dos nutricionistas", diz a recomendação da AHA. “Essa desconexão entre
opiniões leigas e especialistas pode ser atribuída ao marketing do óleo de coco
na imprensa popular”.
Assim como os derivados do leite, a gordura animal e
outras gorduras saturadas, o consumo do óleo de coco provoca um aumento das
lipoproteínas de baixa densidade, ou LDL, conhecidas por fixar o colesterol nas
artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas.
“Porque o óleo de coco aumenta o colesterol LDL, uma
causa de doenças cardiovasculares, e não tem efeitos favoráveis compensatórios
conhecidos, nós aconselhamos contra o uso do óleo de coco”, afirma a AHA.
— Pesquisas científicas bem conduzidas apoiam
majoritariamente que a limitação da gordura saturada na dieta previne doenças
do coração e dos vasos sanguíneos — disse Frank Sacks, coautor das recomendações
e professor da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, Massachusetts. —
Gorduras saturadas aumentam o LDL, o mau colesterol, que uma das principais
causas das placas que obstruem as artérias e das doenças cardíacas.
A recomendação é que as gorduras saturadas — de
laticínios, animais e óleo de coco e azeite de dendê, entre outras — sejam
substituídas por gorduras mono ou poli-insaturadas, encontradas sobretudo em
óleos vegetais, como o azeite de oliva e os óleos de milho, canola, girassol e
soja.
Fonte/; O Extra
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